Search Funds se consolidam no Brasil com recorde de exits em 2025

O ecossistema de Search Funds — modelo de empreendedorismo por aquisição que conecta investidores e operadores na compra e gestão de empresas de médio porte — vive um momento histórico no Brasil. Em 2025, cinco empresas nacionais investidas por Search Funds foram vendidas, refletindo uma tendência global de amadurecimento dessa classe de ativos, que ganha força fora dos Estados Unidos e apresenta múltiplos de retorno cada vez mais expressivos.

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Venda da Labsoft: operação com comprador global marca novo marco para o mercado

Entre os destaques do ano está a venda da Labsoft, empresa especializada em sistemas de gestão laboratorial (LIMS), para a norte-americana Confience, apoiada pela STG.

A transação, assessorada pela igc, se diferencia no cenário nacional por ter sido a única com propostas competitivas vindas de um pool global de compradores e a única concluída com um adquirente internacional.

Segundo a Confience, a operação representa a fusão de duas empresas complementares para formar um novo líder global em tecnologia LIMS.

“Essa operação mostra que o modelo de Search Fund no Brasil amadureceu. Os investidores estrangeiros já reconhecem o potencial de liquidez e governança das empresas brasileiras quando bem preparadas. A venda da Labsoft simboliza esse novo ciclo: mais competitivo, mais global e mais relevante”,  — afirma David Steuer, sócio da igc especialista em tecnologia.

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A tese dos Search Funds ganha escala no país

O modelo de Search Funds tem se expandido rapidamente fora dos Estados Unidos, com a América Latina emergindo como um dos polos mais ativos.

Segundo estudo da FGV, já havia 29 Search Funds ativos no Brasil em 2022, o equivalente a 11% de todos os veículos internacionais. Desde então, a tese se consolidou com maior apoio institucional, presença crescente de family offices nacionais e profissionalização dos operadores.

O movimento acompanha uma escalada global: em 2023, surgiram 59 novos Search Funds fora da América do Norte, com 31 aquisições realizadas internacionalmente, de acordo com estudo da INSEAD.

A atratividade do modelo está em seus fundamentos: os Search Funds operam no “sweet spot” entre Venture Capital e Private Equity, investindo em empresas com EBITDA entre US$ 1 e 5 milhões, margens estáveis, baixa rotatividade de clientes e alto potencial de profissionalização.

Além disso, dados da Stanford GSB (2024) mostram uma média histórica de 35,1% de IRR e 4,5x de ROI desde 1984 — resultados consistentes mesmo em contextos desafiadores.

Nos últimos 18 meses, segundo a Search Funds News, 13 exits internacionais foram registrados, com múltiplos acima de 5x e IRRs superiores a 50% em diversos casos, consolidando os Search Funds como uma classe de ativos altamente rentável e escalável.

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Cinco exits em 2025 marcam nova fase do setor

Além da Labsoft, outras empresas investidas por Search Funds — i4pro, Greentech, MK Soluções e Agger — também foram vendidas no Brasil em 2025, confirmando o momento de liquidez e maturidade da tese no país.

De acordo com análise recente da Search Funds News, os exits internacionais (fora dos EUA) cresceram 10x nos últimos 18 meses, com 13 transações concluídas globalmente entre 2024 e 2025.

O Brasil respondeu sozinho por cinco dessas operações, sendo a Labsoft a única com dinâmica global de M&A.

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Um setor em consolidação

O avanço recente das operações confirma o amadurecimento do ecossistema de Search Funds no Brasil, que vem ganhando relevância na agenda de investidores locais e internacionais.

Com mais liquidez, profissionalização crescente e um ambiente cada vez mais conectado ao capital global, o país consolida sua posição como um dos mercados mais promissores para o modelo na América Latina.